Lobisomem e Licantropia
A.E.Mensageiros
22 jul 2021
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4 min
A licantropia tem origem no vocábulo grego lykanthropia, composto por Lykos (lobo) e tropos (forma), o que significa, de acordo com o livro Estudando a Mediunidade, de Martins Peralva, "o fenômeno pelo qual espíritos, pervertidos no crime, atuam sobre antigos comparsas, encarnados ou desencarnados, fazendo-os assumir atitudes idênticas às de certos animais". (1)
No caso, o animal seria o lobo, e o espírito que sofre esse processo consegue moldar seu perispírito em formas animalescas (no caso o lobo) devido a sua alienação em esferas e sentimentos inferiores, a sua propensão a estados mentais grosseiros e maldosos.
Aquele que abusa da inteligência, perverte-se no crime, degrada o corpo físico através das drogas e bebidas, compraz-se nos sentimentos inferiores, procuram e exercem o mal ao próximo, se tornam alvo fácil de entidades inimigas e consequentemente do processo de licantropia.
Licantropia, em outras palavras, trata-se de um estado mórbido-mental, causado por um obsessor (um ou mais supostos inimigos). Por sugestão hipnótica, ele pode persuadir alguém (suposta vítima), mesmo não pertencendo mais a este mundo, a se transformar, por vingança, num ente animalesco.
No livro Libertação, pelo Espírito André Luiz, no capítulo 5 "Operações seletivas" narra a visita de André Luiz e Gúbio a um edifício onde ocorria julgamentos no qual a função dos juízes era a "de selecionar delinquentes, a fim de que as penas lavradas pela vontade de cada um sejam devidamente aplicadas em lugar e tempo justos". Um deles foi de uma mulher que, diante dos juízes, confessou que matou quatro filhinhos inocentes e tenros e combinou o assassinato do próprio marido, entregando-se depois às "bebidas de prazer", mas nunca pôde fugir da própria consciência. O juiz então fixou sobre ela as irradiações que lhe emanavam do temível olhar, e disse que a sentença foi lavrada por ela mesma e que ela não passava de uma loba. À medida que a afirmação era repetida, a mulher, profundamente influenciável, passou a se modificar, chegando ao resultado da licantropia. André Luiz constatou, naquela exibição de poder, o efeito do hipnotismo sobre o corpo perispírito. Segundo explicações espirituais, ela não passaria por essa humilhação se não a merecesse. No entanto, a renovação mental depende única e exclusivamente dela. Deus mantém a senda redentora sempre aberta a seus filhos. (1)
E A lenda do lobisomem? Como vimos não há nada de sobrenatural. A licantropia é um processo que se verifica no perispírito de pessoas mentalmente enfermas, entregues a suas maldades e obsidiadas por entidades malignas que subjugam esses irmãos às formas animalescas, como a de um lobo.
Fonte: Evolução do Pensamento Humano - Irmão Benedito, psicografia de Eduardo Augusto Lourenço - Editora do Conhecimento, 2011
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